segunda-feira, 12 de maio de 2008

O que pensam os 5 candidatos à liderança do PSD sobre a Lei da Paridade


(inquérito feito na revista "Visão" desta semana)

"Consigo, como vai o partido captar mulheres para cumprir a Lei da Paridade em 2009?

ANS: A paridade não será fácil de conseguir porque, para as mulheres, a vida familiar é muito mais absorvente que para os homens. Simultaneamente, o nível de exigência de qualidade no desempenho de funções públicas terá que ser aumentado em ambos os géneros. Não vai ser fácil conciliar tudo.

MFL: ---

MPA: Cumprindo mais do que a lei determina e por mérito próprio das escolhidas, lutando sempre pela criação de condições que permitam concretizar o espírito da igualdade de oportunidades.

PPC: Não sou um adepto de quotas . A crescente participação das mulheres nas diversas áreas de actuação e nas diversas profissões, cada vez mais em lugares de topo, é hoje uma realidade que registo com enorme satisfação e que também começa a ter clara expressão na actividade política. No entanto, e uma vez que a lei da paridade está em vigor, esta não deixará de ser respeitada pelo PSD, embora deva ser encarada como uma discriminação positiva transitória. A experiência iniciada no distrito do Porto, implicando a criação de uma estrutura informal de mulheres para a participação autárquica, pode ser um exemplo a seguir.

PSL: Motivando as mulheres a uma participação cada vez maior. Mas nunca precisei de leis para constituir equipas com igualdade de membros dos dois sexos ou mesmo com maioria de mulheres. Excepção seja feita ao Governo que constitui mas, como é sabido, fi-lo em circunstâncias especiais. O próximo será diferente, também neste aspecto."

Sobre esta questão, que nos diz directamente respeito, temos aqui o exemplo do que poderemos contar para o futuro dentro do nosso partido.

Fazemos aqui a nossa análise:
Não acreditamos em promessas que mais tarde deixarão de ser cumpridas.
Não conhecemos a posição da única mulher candidata a esta eleição.
Motivar as mulheres a uma participação maior sem nada a apresentar para que isso seja realmente possível, remetendo esta matéria à concretização da lei da paridade e fazendo uma comparação com um passado que não nos foi favorável sem garantir nada de novo para além de “um próximo será diferente”, não nos merece qualquer credibilidade.

Existem factores que deverão ser considerados para garantir a igualdade dos géneros.
Não queremos continuar a ser meras figurantes no cenário político e sermos preteridas no acesso ao poder que deverá ser partilhado por todos.

Uma vez mais, pelo exposto e pela motivação que nos dá para continuarmos a afirmar o nosso valor na política, o GAPMSD-D reforça a sua confiança em Pedro Passos Coelho.

E porque valorizamos a opinião dos nossos companheiros de secção, gostariamos de conhecer a vossa opinião sobre a posição dos 5 candidatos em relação a esta matéria.

Enviem o vosso comentário devidamente identificado (nome e núcleo) para o nosso e-mail:
gapmsd-d@gmail.com

Todos merecerão a nossa atenção e seleccionaremos alguns para serem aqui publicados.